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Foto do escritorDr. Salva

A deficiência de vitamina A em crianças e adolescentes

A deficiência de vitamina A (DVA) é um problema de saúde pública de grande magnitude, decorrente da ingestão inadequada de alimentos fontes desse nutriente essencial ou de dificuldades na sua absorção, transporte ou utilização. A vitamina A desempenha diversas funções fisiológicas, incluindo a manutenção da saúde visual, integridade do tecido epitelial, fortalecimento do sistema imunológico, entre outras. Essa carência nutricional afeta especialmente grupos populacionais submetidos a condições precárias de vida e saúde, como crianças em idade pré-escolar, mulheres grávidas e lactentes.


No entanto, estudos recentes têm apontado para uma preocupante realidade: a prevalência de deficiência de vitamina A também entre escolares e adolescentes. Embora não sejam tradicionalmente considerados grupos de risco, esses jovens estão sujeitos a apresentar níveis inadequados desse importante nutriente. A falta de uma alimentação balanceada, associada a condições socioeconômicas desfavoráveis e infecções frequentes, contribui para a ocorrência dessa carência nutricional nesse segmento da população.

Um estudo realizado na cidade de Salvador, Bahia, revelou que cerca de 27,8% dos escolares matriculados na rede pública de ensino apresentaram níveis inadequados de retinol sérico, indicando deficiência de vitamina A. Esse percentual é alarmante e demonstra a urgência de medidas para prevenir e combater essa condição.


Entre os fatores associados à deficiência de vitamina A em crianças e adolescentes, destacam-se a magreza e a faixa etária inferior a 10 anos. Esses jovens estão mais vulneráveis a apresentar níveis inadequados de vitamina A devido a uma série de fatores, como o crescimento físico, maior suscetibilidade a infecções e hábitos alimentares inadequados.


Ao buscar atendimento médico, é importante que os pacientes estejam atentos a sinais que possam indicar a deficiência de vitamina A, como problemas de visão noturna, ressecamento da pele e mucosas, dificuldade de cicatrização de feridas e aumento da suscetibilidade a infecções. Esses sintomas podem indicar a necessidade de avaliação médica e, se necessário, suplementação de vitamina A.


É importante ressaltar que a escola desempenha um papel fundamental na prevenção da deficiência de vitamina A, promovendo a educação nutricional e incentivando uma alimentação saudável entre os estudantes. Além disso, é essencial que os pais e responsáveis estejam atentos à alimentação de seus filhos, garantindo uma dieta equilibrada e rica em alimentos fontes de vitamina A, como frutas, vegetais de folhas verdes escuras e alimentos de origem animal, como fígado e ovos.

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